Educação emocional: o que é e por que é tão importante para o seu filho

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A educação emocional, ou socioemocional, é um processo educativo voltado para o desenvolvimento e aprimoramento das habilidades cognitivas. Ela vem sendo cada vez mais discutida nas escolas como ferramenta para melhorar o aprendizado das crianças e auxiliá-las na sua formação como indivíduo. Um reflexo disso é o novo currículo adotado pelo Ministério da Educação na elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 


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O texto atual, apresentado em 2017, inclui as habilidades socioemocionais como parte do projeto pedagógico das escolas, além das disciplinas básicas, como matemática, português e ciência. A medida tem como objetivo alinhar o currículo das instituições de ensino às necessidades exigidas pela sociedade atual. 


Empatia, colaboração, autoestima e ética são apenas algumas das competências socioemocionais presentes na BNCC. Mas, por que é tão importante que o seu filho aprenda? Na leitura abaixo você vai entender a importância da educação emocional, quais são as principais habilidades e como você pode trabalhar isso em casa. 

O que é educação emocional?

Ensinar educação emocional para as crianças é uma forma de desenvolver a chamada inteligência emocional. Assim, quem possui tal inteligência é capaz de conseguir distinguir e entender os seus próprios sentimentos e os de outras pessoas.


Normalmente, pessoas que possuem uma boa educação emocional, conseguem lidar melhor com situações de estresse, têm mais paciência e conseguem lidar melhor com pessoas. Tais características, atualmente, são muito requisitadas em profissionais no mercado de trabalho.


Portanto, para saber por que é tão importante desenvolver as competências socioemocionais nas crianças, seja na escola ou em casa, leia o item a seguir.


Qual a importância da educação emocional?

As gerações Z e Alpha são marcadas pela hiperconectividade com o mundo tecnológico e pela redução no contato e na interação com outras pessoas. Este isolamento, somado à incapacidade em lidar com sentimentos resulta em crianças, desde cedo, estressadas, com transtornos psicológicos como ansiedade e depressão. Esses e muitos outros distúrbios podem ser desenvolvidos justamente pelo fato das crianças não saberem gerenciar suas emoções.


Tendo isso em vista, a função da escola vai muito além da transmissão do conhecimento cognitivo, ao trabalhar os pilares que sustentam a educação socioemocional, a instituição proporciona aos estudantes as habilidades necessárias para ter uma vida mais equilibrada e para se adaptar à sociedade do século XXI. 


Determinação, tolerância, resiliência, colaboração e empatia são apenas algumas das competências essenciais para que a criança tenha uma infância mais leve e para que ela se torne um profissional bem sucedido. 


É claro que o currículo, a experiência e o conhecimento conquistado ao longo dos anos serão essenciais na hora de entrar para o mercado de trabalho. Entretanto, cada vez mais, as empresas estão valorizando os profissionais que são capazes de gerenciar suas emoções e trabalhar em equipe. 


Quando a instituição trabalha a educação socioemocional em conjunto com as disciplinas tradicionais, ela proporciona um ambiente mais agradável, além de potencializar o aprendizado da criança, desenvolvendo-as de forma ampla e plena. Por isso a importância de se atentar para esses detalhes na hora de escolher uma escola para o seu filho 


Quais são as vantagens da educação emocional?

Ensinar a nomear os sentimentos e as emoções desde pequeno para seu filho é uma forma de auxiliar no desenvolvimento futuro dele. Afinal, a educação emocional ajuda no autoconhecimento, autocuidado, atenção plena, equilíbrio, na tomada de decisões entre outros. 


Além disso, benefícios a curto prazo também podem ser alcançados. Como por exemplo:

  • Melhora no rendimento escolar;

  • Aperfeiçoamento de habilidades intrapessoais; 

  • Desenvolvimento de relações interpessoais.



Quais são as habilidades socioemocionais?

Existem diversas competências socioemocionais, mas, as diretrizes inseridas na BNCC orientam que as escolas promovam a educação socioemocional em seus currículos pedagógicos a partir das cinco habilidades abaixo: 

1. Autoconsciência

A autoconsciência diz respeito ao conhecimento que a criança tem de si própria, através de uma percepção clara de sua personalidade, suas forças e limitações, buscando evoluir sempre.

2. Autogestão

A habilidade socioemocional da autogestão está relacionada à capacidade da criança em controlar impulsos, saber lidar com estresse, estabelecer metas e ter disciplina para tentar realizá-las.

3. Consciência social

Para ter consciência social é necessário o exercício de colocar-se no lugar do outro, praticando a empatia e a colaboração, e respeitando a diversidade.

4. Habilidades de relacionamento

Capacidade de estabelecer e manter relacionamentos saudáveis com diferentes pessoas. Saber ouvir com empatia, se expressar clara e objetivamente, resistir à pressão inadequada de outros colegas (como o bullying, por exemplo), resolver conflitos e ser prestativo.

5. Tomada de decisão responsável

A tomada de decisão responsável está relacionada à habilidade em fazer escolhas construtivas, levando em conta questões éticas e normas da sociedade, priorizando o seu bem-estar e o dos outros.

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Como desenvolver a educação socioemocional em casa

Adquirir inteligência emocional não é um processo simples, exige hábito e prática. Sendo assim, é fundamental que a escola e os pais trabalhem em conjunto a fim de auxiliar as crianças nesta jornada. 


Mas, como ajudar o seu filho a ser emocionalmente inteligente? Confira abaixo cinco dicas para você implementar a educação socioemocional dentro de casa:

1. Seja exemplo

Nos primeiros anos de vida, as crianças são como esponjas, absorvem tudo ao redor delas, tanto as coisas boas como as ruins. Por isso, seja exemplo, não só nas suas falas, mas também nas suas atitudes. Esteja presente, ouça os desejos e medos do seu filho, pratique o respeito e seja gentil com os outros.

2. Ensine a resiliência

Por instinto, toda mãe e todo pai tende a proteger os seus filhos de qualquer perigo ou situações desagradáveis. Mas essa atitude, quando exacerbada, pode trazer muitos mais prejuízos do que benefícios.


Experimentar decepções e derrotas é justamente o que ajudará a sua criança a lidar com frustrações e se tornar resiliente perante à situações adversas ao longo de sua vida. Lembre-se que, em dado momento, o seu filho precisará ser independente e que nem sempre você estará presente para resolver todos os problemas. 


Uma ótima forma de desenvolver a resiliência é incentivar a prática de esportes e atividades em grupo.

3. Ajude a sua criança a identificar emoções

Muitas crianças - e até adultos - sentem dificuldade em expressar o que estão sentindo. Porém, ter essa habilidade pode ajudar o seu filho a saber como lidar com o turbilhão de sensações que cada emoção provoca no nosso corpo.


Você pode fazer isso através de atividades lúdicas. Um exemplo, é mostrar diferentes imagens de expressões faciais para que a criança aprenda a identificar sentimentos como raiva, alegria, medo, tristeza e surpresa. Ou até mesmo criar um jogo da memória. Outra dica, é fazer este exercício ao assistir desenhos e filmes infantis. 


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4. Respeite as emoções

Além de ajudar a criança a reconhecer suas próprias emoções, é importante que você respeite o que ela está sentindo e esteja aberto para ouví-la. 


Durante séculos, fomos incentivados a expressar somente as emoções que transmitem o lado positivo da vida, mantendo as nossas inseguranças, medos, incertezas e dúvidas bem escondidos dentro de nós. Meninos, por exemplo, não podem demonstrar fraqueza; meninas, precisam sempre ser simpáticas. 


A vida real não é assim e repreender certos sentimentos pode fazer mais mal do que bem. Porém, é importante ensinar o seu filho a lidar com as emoções de forma autêntica, sem fingir um sentimento positivo em momentos nos quais ele está sentindo o oposto. Ao fazer isso, você trabalha também a habilidade da empatia. 

5. Desenvolva a empatia

A empatia é um dos principais pilares da educação emocional, pois tem a ver com a habilidade de se colocar no lugar do outro. O desenvolvimento dessa competência possibilitará que a sua criança se torne um adulto tolerante, que sabe conviver com pessoas diversas. 


Todas as dicas citadas acima colaboram para que o seu filho seja uma pessoa empática. Além disso, atitudes como a gentileza, respeito e saber ouvir também são essenciais para desenvolver essa virtude. 


Como você pôde ler, a educação emocional tem papel fundamental na formação do indivíduo e quando aplicada corretamente na escola e em casa, traz diversos benefícios para o aprendizado e saúde da criança.


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