Antes de dar início ao tema, é preciso lembrar que o assunto é abordado - na maioria das vezes - com foco nos primeiros anos escolares, no entanto, os transtornos de aprendizagem atingem também os jovens e adultos, podendo causar-lhes consequências mais graves ao passar do tempo.
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O que é o Transtorno de Aprendizagem?
No todo, o termo em questão aborda diferentes dificuldades cognitivas que estão relacionadas à absorção e processamento de informações. A condição neurológica pode afetar a leitura, ortografia, motricidade, expressão e raciocínio do ser, levando ainda mais dificuldades para dentro e fora do ambiente estudantil.
Conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o transtorno de aprendizagem é caracterizado por dificuldades na aprendizagem e no uso de habilidades acadêmicas, que tenha persistido por pelo menos 6 meses, apesar da provisão de intervenções dirigidas a essas dificuldades.
Um estudo realizado em 2013, pela Universidade College London, localizada no Reino Unido, indica que até 10% da população possui algum transtorno de aprendizagem entre: dislexia, discalculia, autismo ou desordem de atenção.
Além disso, a pesquisa, feita por cientistas da universidade, apontaque as crianças são frequentemente afetadas por mais de um tipo de dificuldade. Segundo os autores, a arma contra esse problema pode estar na tecnologia.
Conforme os pesquisadores, essas condições isoladas já são um desafio para o educador, mas eles descobriram que a ocorrência simultânea de mais de um tipo de transtorno em um aluno é mais comum do que se imaginava. Para se ter uma ideia, entre 33% e 45% das crianças com desordem de atenção também sofrem de dislexia – e outros 11%, de discalculia (dificuldade em trabalhar com números).
“Nós estamos finalmente começando a achar maneiras efetivas de ajudar estudantes com um ou mais transtorno de aprendizagem, e apesar de a maior parte dos estudantes conseguir normalmente se adaptar a uma abordagem única para toda a classe, aqueles com transtorno de aprendizagem vão precisar de suporte especializado desenvolvido para sua única combinação de dificuldades”, afirma Brian Butterworth, da College London.
Ao lado de Yulia Kovas, também da universidade, Butterworth reuniu o que se conhece sobre as bases desses transtornos para tentar esclarecer o que os causa. Eles esperam melhorar a educação para estudantes de maneira individual, além de treinar psicólogos, médicos e professores.
“Cada criança tem um perfil cognitivo e genético único, e o sistema educacional deve ser capaz de monitorar e adaptar o atual repertório de habilidades e conhecimento dos estudantes”, diz Butterworth. “Uma aproximação promissora envolve o desenvolvimento de aplicações de aprendizado aprimoradas tecnologicamente, como jogos de videogame, que são capazes de adaptar-se às necessidades individuais em cada disciplina básica.”
Qual a diferença entre a Dificuldade de Aprendizagem e o Transtorno Específico de Aprendizagem?
Dificuldade de Aprendizagem
Na Dificuldade de Aprendizagem é mais comum que as causas partam de fatores externos, como, por exemplo: metodologia de ensino desregular, conflitos familiares, mudanças de ambientes e diferenças econômicas e culturais. As pessoas com essa questão, possuem mais dúvidas em assimilar e acompanhar conteúdos. Além disso, garantem defasagens abrangentes referentes ao processo de aprendizagem.
Transtorno Específico de Aprendizagem
No Transtorno Específico de Aprendizagem, as causas estão ambientadas no aspecto biológico por ser um transtorno do neurodesenvolvimento. As defasagens no transtorno são específicas e pontuais. Além disso, as pessoas com Transtorno de Aprendizagem possuem disfunção neurológica de assimilação de conteúdos referentes à escrita, leitura e capacidades matemáticas.
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Conheça os diferentes tipos de distúrbios de aprendizagem
Disgrafia: É a dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades de linguagem escrita. Na maioria das vezes acompanha a dislexia. Pode causar à criança dificuldade na coordenação motora.
Dislexia: É um distúrbio com origem neurobiológica, caracterizada por dificuldades de reconhecimento de palavras, de soletração, decodificação, inversão de letras e números, lentidão na leitura e na escrita, consciência fonológica e problemas de memorização.
Discalculia: É a dificuldade de aprender tudo o que está relacionado, direta ou indiretamente, com questões numéricas, como operações, conceitos e aplicação da matemática.
Déficit de Atenção: É caracterizado pela falta de atenção, em caráter involuntário. A criança não consegue manter o foco em uma ação. Mesmo que esteja quieta, a sua atenção não está focada naquele momento.
Hiperatividade: É caracterizada pela falta de atenção, quer realizar muitas atividades ao mesmo tempo, e mantém a atenção ou conclui o que faz. A criança não consegue ficar parada e tende a ser muito agitada.
Como identificar se meu filho tem Transtorno de Aprendizagem?
Os principais sintomas de quem sobre com o Transtorno de Aprendizagem são: dificuldade na grafia, dificuldade para compreender o significado de conteúdos escritos, lentidão na leitura e na interpretação, falta de familiaridade com os números e desatenção social.
Analisando o dia-a-dia da criança é possível observar essas particularidades e garantir um maior entendimento sobre o diagnóstico. No entanto, vale lembrar que só isso não basta. Busque estar em comum acordo com um profissional da área, realizando o acompanhamento médico do seu filho.
Nem todo diagnóstico é sinal de tratamento, por isso, vale se aprofundar mais e entender o que será melhor para o pequeno.
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*As informações foram retiradas das seguintes fontes:
Observatório Juventude C&T da Fiocruz.
Sobre a autora: Maria Eduarda Vasconcelos
Estudante de Jornalismo com a Comunicação na veia. Levo comigo que falar, ouvir, entender e explicar fazem os nossos dias serem melhores.