ECA Digital: entenda a nova PL para proteger crianças na internet

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Em resumo

  • O que é a adultização infantil: trata-se da exposição precoce de crianças a conteúdos e situações impróprias, um problema crescente nas redes sociais.

  • O que prevê o ECA Digital: o projeto de lei aprovado na Câmara cria regras para que plataformas digitais protejam crianças de conteúdos nocivos e publicidade abusiva.

  • Próximos passos e papel da família: a proposta ainda precisa passar pelo Senado e só entra em vigor um ano após publicação, mas a participação ativa dos pais segue essencial para a proteção online.


Nos últimos meses, o debate sobre a adultização infantil ganhou força nas redes sociais e fora delas. 

O tema, que já preocupava famílias e educadores, tomou proporções nacionais depois que o humorista Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, publicou um vídeo denunciando situações de exposição e exploração de crianças em ambientes digitais. 

A repercussão foi imediata: milhões de visualizações, discussões em todos os cantos da internet e, principalmente, um alerta sobre a necessidade de proteger a infância.

Em meio a essa movimentação, a Câmara dos Deputados aprovou recentemente o Projeto de Lei 2628/22, que ficou popularmente conhecido como “ECA Digital”

A proposta busca atualizar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para a realidade da internet, estabelecendo regras específicas para proteger crianças e adolescentes em ambientes digitais.

Mas afinal, o que é o ECA Digital, como ele surgiu e de que forma pode impactar a vida das famílias brasileiras? Continue a leitura para entender tudo sobre a aprovação do projeto e sua importância.

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criança mexendo no computador

O que é adultização infantil?

A adultização infantil é um fenômeno que tem chamado cada vez mais atenção na sociedade: trata-se da exposição precoce de crianças a comportamentos, conteúdos e situações que não são apropriados para a sua idade. 

 Isso pode ocorrer em diferentes contextos, como:

  • Redes sociais: exposição a conteúdos impróprios ou sexualizados;

  • Publicidade e moda: produtos e campanhas que incentivam padrões de comportamento adulto;

  • Atividades cotidianas: cobrança precoce por desempenho ou responsabilidades além da idade.

Por que isso preocupa?

Casos recentes, como a denúncia do youtuber Felca, mostraram a gravidade do tema e mobilizaram autoridades, famílias e sociedade para discutir formas de proteção da infância.

Especialistas alertam que a adultização precoce pode afetar diversas áreas do desenvolvimento da criança e do adolescente como:

  • Desenvolvimento emocional: aumentando ansiedade e pressão psicológica;

  • Habilidades sociais: prejudicando a construção de relacionamentos saudáveis;

  • Aprendizado e cognição: dificultando o desenvolvimento de referências apropriadas para cada faixa etária.

Entender a adultização infantil é essencial para que pais, educadores e sociedade trabalhem para que as crianças vivam plenamente sua infância, sem exposição a riscos ou expectativas inadequadas.

O que é ECA Digital?

O termo ECA Digital vem sendo usado para se referir ao Projeto de Lei 2628/2022, aprovado recentemente na Câmara dos Deputados, que busca proteger crianças e adolescentes no ambiente digital

Você sabia?


O ECA Digital conecta o ambiente online às garantias previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), fortalecendo a proteção integral da infância e dando mais segurança para que crianças cresçam explorando a tecnologia de forma saudável e supervisionada.

Apesar de não ser o nome oficial, o apelido já se consolidou na mídia e entre parlamentares, facilitando a identificação da proposta.

Qual o objetivo do Eca Digital? 

O ECA Digital tem como foco garantir a segurança e proteção da infância nas redes sociais, aplicativos e plataformas digitais, prevenindo riscos como:

  1. Exposição a conteúdos sexualizados ou impróprios;

  2. Violência, intimidação e assédio online;

  3. Jogos de azar e publicidade predatória;

  4. Coleta indevida de dados pessoais de crianças e adolescentes.

Como funciona na prática?

O projeto estabelece que as plataformas digitais devem adotar “medidas razoáveis” para limitar o acesso de menores a conteúdos nocivos e criar mecanismos que:

  1. Verifiquem de forma confiável a idade do usuário;

  2. Permitam supervisão efetiva pelos pais ou responsáveis;

  3. Ofereçam canais de denúncia e monitoramento;

  4. Calibrem algoritmos para evitar a exposição precoce.

Por que o ECA Digital é importante para proteger a infância?

Como vimos, o ECA Digital é um marco essencial para garantir que crianças e adolescentes naveguem com segurança no mundo online

Com a aprovação do Projeto de Lei 2628/2022, as plataformas digitais passam a ter responsabilidades claras na proteção dos menores, reduzindo riscos de exploração e exposição precoce a conteúdos impróprios.

Veja alguns principais impactos da PL na proteção da infância

Impacto na proteção da infância

O que significa na prática

Segurança contra conteúdos nocivos

Limita o acesso a material sexualizado, violento ou que estimule jogos de azar.

Privacidade garantida

Plataformas devem proteger dados pessoais de crianças e adolescentes com padrões de segurança rigorosos.

Supervisão efetiva pelos responsáveis

Pais e responsáveis terão ferramentas confiáveis para acompanhar a atividade digital dos filhos.

Responsabilização das plataformas

Empresas que descumprirem a lei estão sujeitas a advertências, multas e possíveis suspensões de atividades.

Promoção de um ambiente digital saudável

Restrição de publicidade predatória, recomendação de conteúdos nocivos e algoritmos que induzam tempo excessivo de tela.

Quais são as principais mudanças previstas pelo ECA Digital?

Apesar de ainda precisar passar pelo Senado, a aprovação do ECA Digital na Câmara já representa um avanço importante para a segurança infantil online

Nesse sentido, a PL traz uma série de atualizações importantes para adaptar a proteção da infância ao contexto digital e essas mudanças foram pensadas para garantir que crianças e adolescentes possam usar a internet de forma mais segura

Confira as principais mudanças trazidas pelo projeto:

1. Regras mais rígidas para plataformas digitais

As redes sociais e aplicativos de vídeo deverão adotar mecanismos que impeçam a exposição das crianças a conteúdos inadequados, como violência e pornografia.

2. Filtros contra publicidade abusiva

A proposta proíbe a veiculação de anúncios que explorem a vulnerabilidade da criança, evitando a chamada adultização infantil e o estímulo ao consumismo precoce.

criança jogando no tablet

3. Dever de informar os pais ou responsáveis

As plataformas terão a obrigação de oferecer recursos que facilitem o acompanhamento do uso da internet por crianças e adolescentes, fortalecendo a parceria entre tecnologia e família.

4. Penalidades para descumprimento

Empresas que não se adequarem às novas regras estarão sujeitas a multas e outras sanções legais, reforçando a seriedade da proteção da infância no ambiente digital.

5. Combate ao discurso de ódio e cyberbullying

O texto prevê medidas para que conteúdos ofensivos, discriminatórios ou de intimidação sejam removidos com mais agilidade, protegendo a saúde mental das crianças.

Quais os próximos passos para a aprovação da lei? 

Após aprovação na Câmara dos Deputados, o projeto do Eca Digital ainda precisa passar pelo Senado e, em seguida, ser regulamentado. A previsão é que as medidas comecem a valer um ano após a publicação da lei, dando tempo para que as plataformas se adequem.

Nesse período, os fornecedores de produtos e serviços digitais deverão adotar “medidas razoáveis” desde a concepção até a operação de aplicativos e sites, garantindo que crianças e adolescentes tenham menos acesso a conteúdos prejudiciais ao seu desenvolvimento.

Como os pais e responsáveis podem proteger as crianças online?

Vimos até aqui que o ECA Digital vem para reforçar o papel do Estado e das empresas de tecnologia na proteção da infância. Contudo,a participação da família continua sendo essencial.

Afinal, a educação digital começa em casa e depende do acompanhamento ativo de pais e responsáveis

mão de adulto segurando mão de criança em sinal de proteção

Veja algumas formas que você pode agir no dia a dia com as crianças:

  • Acompanhar o uso da internet: estabeleça regras claras sobre tempo de tela e monitore os conteúdos acessados, mantendo sempre um diálogo aberto.

  • Conversar sobre riscos e responsabilidades: explique, de forma acessível, sobre privacidade, cyberbullying, golpes e a importância de não compartilhar dados pessoais.

  • Utilizar recursos de controle parental: aplicativos e configurações de segurança podem ajudar a limitar conteúdos inadequados e dar mais tranquilidade na navegação.

  • Dar o exemplo: crianças aprendem observando; por isso, pratique hábitos digitais saudáveis e equilibrados.

  • Estimular atividades fora do digital: proponha brincadeiras, esportes e momentos em família que reduzam a dependência das telas.

  • Participar da educação digital: aproveite temas em alta, como a própria discussão sobre o ECA Digital, para reforçar a importância do uso consciente e responsável da internet.

A aprovação do ECA Digital representa um avanço importante na proteção das crianças e adolescentes no ambiente. No entanto, nenhuma lei substitui o papel da família nesse processo. 

Quando legislação e orientação familiar caminham juntas, o ambiente digital se torna um espaço de aprendizado, convivência e oportunidades, sem deixar de lado a segurança e o bem-estar dos menores.

Educação digital e aprendizado: um caminho seguro para o futuro

Proteger crianças e adolescentes no ambiente online é tão importante quanto garantir uma formação de qualidade no dia a dia escolar. 

Por isso, escolher uma instituição que valorize não apenas o ensino, mas também a segurança e a educação digital, faz toda a diferença no desenvolvimento dos estudantes.

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