Castigo é uma palavra que a maioria das pessoas conhecem desde a infância como algo ruim, que gera medo e vergonha, e que vem de uma figura autoritária.
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O castigo é uma forma que muitos pais encontram para “disciplinar” e “educar” os filhos, mas será que essa é realmente a melhor maneira de ensinar algo para a criança? Para responder essa pergunta, é necessário aprofundar-se um pouco mais no tema.
Por que o castigo não funciona?
O castigo não funciona porque a criança não o interpreta da mesma forma que o adulto. Ou seja, em razão da idade e desenvolvimento cognitivo, os pequenos não têm maturidade para entender e refletir a respeito do “comportamento errado” que levou ao castigo.
Os efeitos do castigo são momentâneos, mas a longo prazo não surtem efeito, já que só com a bronca a criança não será capaz de compreender a relação causa e efeito, e o que seria um “bom comportamento”.
Além disso, na cabeça deles é muito confuso alguém lhes demonstrar carinho em alguns momentos e puní-los em outras situações, o que ocasiona sentimentos e pensamentos de insegurança em relação ao amor dos pais.
Quais as consequências do castigo para as crianças?
O castigo possui inúmeras consequências negativas para as crianças, vale-se destacar:
Baixa autoestima: a criança ao ser punida pelos pais desenvolve crenças como “eles não me amam” ou “eu não faço nada certo”;
Geração de sentimentos negativos: com a punição, os pequenos desenvolvem raiva, vingança e medo, ao invés de empatia e respeito, por exemplo;
Rebeldia: os sentimentos negativos desenvolvidos em razão do castigo podem levar a criança a querer fazer pior da próxima vez;
Desconexão com os pais: a criança passa a ter receio de se comunicar com os cuidadores;
Capacidade de foco e concentração diminuídas: com o aumento frequente de hormônios do estresse, como o cortisol, a criança pode apresentar dificuldades em se concentrar.
Por quais atividades eu posso trocar o castigo?
Existem diversas formas de substituir o castigo e que são mais eficientes na hora de educar e ensinar uma criança. Confira algumas dessas maneiras abaixo:
1) Diálogo
Estimule a criança a falar tudo que sente, e exponha a ela tudo o que você sente também quando ela faz algo que não deve ser feito.
2) Compreensão
Tente compreender os motivos do comportamento: quando a criança demonstrar mau comportamento, além de conversar sobre consequências, procure também entender os motivos por trás de tal conduta.
3) Faça combinados
Estabeleça acordos com a criança, aquilo que pode e o que não pode fazer, explicando os motivos e o contexto.
4) Saiba pedir desculpas
Os cuidadores são os espelhos das crianças, se você erra e pede desculpas ao seu filho, ele irá aprender a lhe pedir desculpa quando errar também.
5) Coloque em ação a empatia
Quando a criança faz birra ou é mal educada, é papel do adulto entender que aquela é a forma dela expressar um sentimento negativo; nada é feito para “pirraçar” os pais.
6) Acolhimento
É importante acolher a criança em todas as situações que ela expressar o que está sentindo, independente se a demonstração é através de “bons” ou “maus” comportamentos.
7) Valorize o bom comportamento
Incentive e elogie o bom comportamento da criança, não dando valor apenas aos maus comportamentos.
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