Veja dicas saudáveis e saborosas de lanches para o seu filho levar à escola

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Preparar o lanche para levar à escola não é tão simples quanto parece. Isso porque o cuidado com a alimentação das crianças, principalmente na infância, deve ser redobrado. 

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Em conversa com a nutricionista e mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fernanda Luiza Dias Fontes, a especialista explicou a importância de implementar hábitos saudáveis de alimentação desde cedo, e deu 5 dicas de lanches deliciosos para colocar na lancheira dos filhos. Confira!

Qual a importância da alimentação saudável para as crianças e os adolescentes?

Segundo Fontes, tanto na infância quanto na adolescência, a adoção de uma alimentação saudável auxilia no crescimento e no processo de aprendizagem das crianças. 

“Quando a criança não tem um aporte adequado de energia, de nutrientes, de carboidratos, de proteínas, de vitaminas e também de gordura, elas podem ficar com um déficit tanto motor quanto intelectual para o resto da vida”, explica a nutricionista que, há sete anos, atua na Secretaria de Educação de Nova Lima, município localizado em Minas Gerais.

Na fase que vai do nascimento até os 11 anos de idade, as crianças gastam muita energia, por isso, o lanche da escola deve conter os nutrientes adequados para que elas possam se desenvolver de maneira plena. Além disso, os hábitos alimentares adquiridos pela criança durante a infância serão absorvidos e levados para o resto de sua vida.

Assim como os pequenos, os adolescentes também necessitam ingerir a quantidade calórica ideal, com os nutrientes essenciais para que “consigam passar por esse pico de crescimento de forma efetiva”, afirma a nutricionista. 

Como montar um lanche saudável para a criança levar à escola?

O primeiro passo para montar um lanche saudável para levar à escola é a escolha dos alimentos. Basicamente, os alimentos são divididos em três tipos: in natura ou minimamente processados, processados, e ultraprocessados.

De acordo com Fontes, “quanto mais alimentos processados e ultraprocessados as crianças e os adolescentes consomem, pior será o estado nutricional deles”. Mas afinal, o que são os alimentos processados?

Entende-se por alimento processado tudo aquilo que é modificado ou adicionado ao alimento in natura. Vamos usar o milho como exemplo.

  • In natura: o milho que a gente colhe da plantação, cozinha e consome.

  • Processado: milho em conserva (adição de sal); 

  • Ultraprocessado: salgadinhos de milho e biscoitos industrializados.


Os alimentos ultraprocessados possuem vários tipos de aditivos e conservantes que, na maioria das vezes, têm nomes que são bem difíceis de compreender, alerta a nutricionista.

Seja no lanche para levar à escola ou em casa, a dica é sempre escolher alimentos com a menor quantidade de ingredientes nos rótulos, dando preferência para os alimentos in natura. Evite comprar biscoitos recheados, refrigerante, pizzas, hambúrgueres e outros alimentos congelados, como lasanha.

Em 2014, o Ministério da Saúde lançou a 2ª edição do Guia Alimentar para a População Brasileira. Gratuito, o documento visa orientar e conscientizar as pessoas sobre a importância de uma alimentação saudável a fim de evitar doenças como obesidade.

5 dicas de lanches saudáveis para levar na escola
Com o auxílio da nutricionista Fernanda Fontes, selecionamos cinco dicas de lanchinhos deliciosos e práticos para a criança levar pra escola. Veja a seguir:


Dia 1: torradinha de pão integral, queijo minas em cubinhos, uva e água de coco;

Dia 2: biscoito polvilho, banana e suco de uva integral;

Dia 3: cookie de banana e aveia, uva passas e suco de laranja integral;

Dia 4: bolo de cenoura, pêra e suco de maçã integral;

Dia 5: muffin de espinafre, goiaba e suco de uva integral.

 

O que fazer quando o filho não aceita comer o lanche preparado?
Antes de mais nada, a família precisa dar o exemplo, consumindo alimentos saudáveis como salada, frutas e legumes. “Não adianta a gente cobrar se o resto da família toda não colabora”, explica a especialista. “A criança reproduz o que ela aprende. Se em casa ela aprendeu a comer biscoito e tomar refrigerante, é isso que ela vai reproduzir.”

Outro ponto que diminui as chances da criança rejeitar a comida é incluí-la no processo de preparação. Na hora de montar a lancheira dos filhos, é muito comum que os pais façam os lanches sozinhos, escolhendo os alimentos que a criança irá comer.

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Ao fazer com que a criança participe, ela passa a ter autonomia para decidir o que vai comer e, na hora que ela abre a lancheira, aquilo não se torna uma surpresa. A nutricionista ressalta que é papel dos familiares conduzir as escolhas alimentares e oferecer opções saudáveis para que a criança tome sua decisão.

Por último, é necessário que os pais entendam que a alimentação é algo dinâmico, ou seja, não é porque a criança não comeu hoje que ela não comerá amanhã. Neste processo de descoberta, é fundamental que a criança seja apresentada a novos alimentos e sabores, utilizando os seus sentidos (olfato, paladar e tato) para interagir com eles. Isso fará com que ela aumente o leque de opções de alimentos, além de tornar a alimentação mais divertida e prazerosa.