A Busca Ativa Escolar é uma metodologia social e tecnológica criada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em parceria com outras entidades, com o objetivo de combater a evasão e a exclusão escolar no Brasil.
O programa oferece uma plataforma digital gratuita e uma estratégia intersetorial para ajudar gestores públicos a identificar, registrar, acompanhar e reintegrar crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de abandono.
Desde sua criação em 2016, milhares de municípios já aderiram à iniciativa e ajudaram a garantir que estudantes retornem à sala de aula, permaneçam e aprendam com qualidade.
Acompanhe o conteúdo completo e entenda o que é a Busca Ativa Escolar, qual a sua importância e veja como essa ação pode transformar vidas por meio da educação.
Neste artigo você vai ver:
- O que é a Busca Ativa escolar?
- Qual o objetivo da Busca Ativa Escolar?;
- Quem deve fazer a Busca Ativa Escolar?
- Como se faz a busca ativa dos alunos?
- Qual é o papel da escola nesse processo?

O que é a Busca Ativa escolar?
A Busca Ativa Escolar é uma metodologia social gratuita, criada para ajudar estados e municípios brasileiros a combater a evasão escolar e garantir o acesso à educação.
Lançada em 2016, a iniciativa combina tecnologia, articulação intersetorial e engajamento da sociedade para identificar crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de abandono.
Desenvolvida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a Busca Ativa Escolar conta ainda com o apoio de dois importantes órgãos públicos:
O Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Como surgiu a iniciativa?
Desde sua criação, a Busca Ativa Escolar UNICEF atua como uma solução integrada e intersetorial, unindo Educação, Saúde, Assistência Social e Planejamento para enfrentar a questão da exclusão escolar.
| Você sabia? Mais de 3.500 municípios brasileiros e 22 estados já aderiram à Busca Ativa Escolar, e juntos conseguiram levar mais de 200 mil crianças e adolescentes de volta à escola entre 2018 e 2023. |
A proposta surgiu como resposta à urgência de garantir o direito à educação previsto na Constituição Federal e reforçado pela Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU.
Além disso, a ferramenta tecnológica da Busca Ativa Escolar permite que municípios brasileiros tenham acesso a dados precisos, gerando relatórios estratégicos para a criação de políticas públicas de inclusão educacional.
Qual o objetivo da busca ativa escolar?
Como vimos, a Busca Ativa Escolar UNICEF foi pensada para garantir o direito à educação e garantir a permanência de meninas e meninos nas escolas.
Nesse sentido, seu principal objetivo é identificar, registrar, encaminhar e acompanhar crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão, especialmente em contextos de vulnerabilidade social.
De forma prática, a busca ativa escolar funciona como um elo entre a comunidade e o poder público, articulando diferentes setores — como educação, saúde e assistência social — para agir de forma coordenada e eficiente.
A metodologia se baseia em três pilares fundamentais:
- Identificação ativa de crianças e adolescentes fora da escola;
- Registro e acompanhamento sistemático dos casos;
- Encaminhamento e apoio à (re)matrícula e permanência escolar.

Além desses pilares fundamentais, outros objetivos estratégicos da Busca Ativa Escolar incluem:
- Promover políticas públicas baseadas em dados reais, permitindo que estados e municípios conheçam o cenário de exclusão escolar local;
- Fortalecer o papel das redes públicas como articuladoras da garantia de direitos, com foco na equidade;
- Engajar a sociedade civil no combate à evasão, ampliando a conscientização e a corresponsabilidade de todos os atores sociais;
- Apoiar gestores escolares e coordenadores pedagógicos com informações estruturadas e recursos tecnológicos para tomadas de decisão;
- Conectar setores públicos e privados para formar uma rede de proteção à infância e juventude, com foco no direito à educação.
Com esses objetivos, a Busca Ativa Escolar UNICEF se consolida como uma ferramenta estratégica de gestão educacional, essencial para garantir inclusão, reduzir desigualdades e assegurar o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes no Brasil.
Quem deve fazer a Busca Ativa Escolar?
A Busca Ativa Escolar deve ser realizada por uma equipe intersetorial formada por representantes da educação, assistência social, saúde e outras áreas públicas.
A lei da busca ativa escolar, desenvolvida pelo UNICEF exige o envolvimento direto do poder público municipal e estadual para funcionar de forma eficaz.
Essa estrutura colaborativa garante que o processo de identificação e reintegração escolar seja completo, responsável e acolhedor. E para que seja eficiente, cada agente envolvido na estratégia tem um papel específico e complementar.
Qual é o papel de cada participante da BAE?
Como vimos, a efetividade da Busca Ativa Escolar 2025 depende da atuação coordenada de diferentes agentes públicos.
Cada participante tem funções específicas que, em conjunto, tornam possível identificar, acolher e reintegrar crianças e adolescentes ao ambiente escolar.
A seguir, você confere os principais papéis dentro da metodologia:
| Agente | Papel na Busca Ativa Escolar |
| Prefeito(a) | Realiza a adesão oficial do município à BAE e designa o gestor político responsável pelo acompanhamento da iniciativa. |
| Gestor Político | Facilita a comunicação entre o poder público e os setores envolvidos. Garante o comprometimento das equipes intersetoriais e a execução das ações planejadas. |
| Coordenador Operacional | Planeja, organiza e acompanha todas as ações da BAE no município. Supervisiona as etapas e assegura o funcionamento da plataforma e da equipe. |
| Supervisores Institucionais | Recebem os alertas sobre crianças e adolescentes fora da escola e coordenam os encaminhamentos para (re)matrícula e permanência dos alunos. |
| Técnicos Verificadores | Realizam visitas domiciliares, investigam causas da evasão e elaboram análises técnicas para garantir o retorno e a permanência do estudante na escola. |
| Agentes Comunitários | Identificam crianças e adolescentes fora da escola na comunidade, enviam alertas e atuam como ponte entre as famílias e os serviços públicos envolvidos na estratégia. |
Como se faz a busca ativa dos alunos?
Estados e municípios interessados em implementar a Busca Ativa Escolar precisam seguir um processo simples de adesão, feito diretamente pela plataforma oficial do programa.
A adesão é gratuita e permite que as redes de ensino tenham acesso à metodologia, à ferramenta tecnológica e ao suporte técnico oferecido pelos parceiros do UNICEF.
Como aderir à Busca Ativa Escolar?
Para aderir a metodologia da Busca Ativa Escolar é necessário ao município seguir algumas etapas:
1. Acesso à plataforma:
- Acesse o site oficial da Busca Ativa Escolar.
- Vá até a área de login/cadastro da plataforma:
2. Etapas do cadastro:
- 1ª Etapa – Adesão ou Readesão:
Cadastro do município ou estado, do prefeito e do gestor político/gestor estadual. É necessário aceitar o termo de adesão e aguardar a confirmação. - 2ª Etapa – Confirmação dos dados:
Após a aprovação, o gestor confere seus dados e cadastra o coordenador operacional (ou estadual). - 3ª Etapa – Cadastro da equipe:
Com os coordenadores definidos, é hora de cadastrar os usuários, os grupos de trabalho, personalizar o sistema e definir os prazos de execução.
→ Observação: a Busca Ativa Escolar segue o ciclo das gestões públicas. Por isso, sempre que houver um novo pleito — tanto para prefeitos quanto para governadores — é necessário realizar a readesão à estratégia, inclusive em casos de reeleição.
O processo é simples e realizado diretamente na plataforma.
Confira o vídeo com o passo a passo para a readesão no site oficial da BAE.
Qual é o papel da escola nesse processo?
Embora a adesão à Busca Ativa Escolar seja feita em nível estadual ou municipal, as escolas são uma peça-chave para transformar a metodologia da BAE em resultados concretos.

Cabe às instituições de ensino identificar sinais de evasão ou risco de abandono escolar, colaborar com os supervisores e técnicos do programa, e garantir acolhimento e permanência dos estudantes após a matrícula.
Além disso, é responsabilidade da equipe pedagógica manter um diálogo constante com as famílias, registrar corretamente os dados dos alunos e participar das ações intersetoriais de enfrentamento à exclusão escolar.
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