Escola ensina empatia, solidariedade e cidadania a crianças em São Paulo

Projeto Casa dos Valores - Instituto Maranata


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O Instituto Maranata é uma escola de ensino infantil e fundamental I, localizado na Barra Funda, em São Paulo. O colégio possui como metodologia atividades práticas que buscam aprimorar o desenvolvimento de seus alunos. Um grande exemplo dessas atividades é o Projeto Casa dos Valores que foi iniciado em agosto e busca proporcionar aos alunos o desenvolvimento como indivíduos com identidade social e cultural, seres críticos e reflexivos perante a sociedade. Dentre os objetivos específicos do projeto, o colégio busca fazer com que as crianças pratiquem atitudes de solidariedade, cooperação e respeito pelas diferenças entre as pessoas, se tornem agentes transmissores e multiplicadores de valores, tanto na família, como na escola e na sociedade, além de diversos outros objetivos fundamentais que contribuem para a formação dos pequenos cidadãos.

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O projeto foi dividido em temas e distribuído de acordo com as séries. O 1º ano trabalhou a empatia, o 2º ano o respeito, o 3º ano a solidariedade enquanto o 4º ano e o 5º ano lidaram com o tema cidadania. 

Ao falar de empatia, a professora Ana que ministra aulas para o 1º ano da manhã e é coordenadora do ensino infantil explica: “É inserir neles a atitude de pensar no próximo, se colocar no lugar do outro, sentir o que o outro está sentindo”. Para despertar esse sentimento nos alunos, no final do mês será realizado um exercício de vivência onde serão vendados e conduzidos em uma volta no quarteirão. Os estudantes também vão andar de cadeira de rodas para que entendam as dificuldades e saibam mais sobre inclusão. “Temos um ex funcionário que também foi aluno da escola, que devido a um acidente de trânsito tornou-se deficiente visual. Vamos trazê-lo para que ele conte a sua história”, afirma a professora.

Fizemos uma experiência com eles. Levamos até a quadra e colocamos vendas em seus olhos, depois disso, eles tiveram que formar duplas, sem aquela coisa de ‘quero escolher fulano’. Então, em uma folha A3 eles desenharam o que seria para eles um mundo feliz. Posteriormente, viramos o desenho para que eles complementassem o desenho do colega” - contou Ana. O resultado causou um impacto para as crianças: “Eles disseram que por um lado estavam felizes, porque perceberam que a criança que tem deficiência visual consegue fazer um desenho. Mas, por outro lado, também se sentiram tristes.Prô, a gente não conseguia enxergar nada, como seria hoje se a gente ficasse cego? É triste enxergar tudo preto’. Expliquei a eles que temos outros sentidos o coração, as mãos para tocar” - concluiu.

O 3º ano, que trabalha a solidariedade, recebeu uma visita especial. A professora trouxe um palhaço e ele contou um pouco de sua história. “Eles achavam que palhaço não ficava triste. Mostramos que palhaço também tem tristeza, e quando ele tira a maquiagem ele é uma pessoa como qualquer outra, eles se pintam para trazer alegria para outras pessoas” - afirmou Ana. As crianças do 3º ano também foram orientadas a levar brinquedos usados para a escola, que serão doados para uma instituição de caridade.

Em uma tarde foi organizado o chá com as avós. As avós dos alunos foram convidadas para tomar um chá na escola e responder perguntas sobre os netos, convívio da família e da participação das avós na vida das crianças. 

Cidadania é o tema do 4º e 5º ano, Ana conta que as professoras responsáveis pelas turmas trabalham em um livro que fala sobre guerra. “Eles achavam que guerra é só aquilo que acontece no Vietnã, no Afeganistão, que usa bomba. E a gente falou pra eles que não. Que guerra também é aquilo que acontece na sala de aula, quando a gente machuca o amigo, quando a gente ataca o amigo verbalmente. Isso também é uma forma de guerra. Então vamos tentar se colocar no lugar do amigo”, conta Ana. Esses alunos também farão uma visita a um asilo, para contar histórias e interagir. 

Todas as histórias e projetos serão publicados em livros. Cada turma tem um livro publicado, com uma história e ilustração de cada aluno. “Os livros não vão conter histórias aleatórias, eles vão contar as vivências. Vão escrever, desenhar e o livro vai ser feito. A finalização do projeto é a tarde de autógrafos. O livro também tem fotos dos alunos e de toda a realização do projeto”, relata a professora.

O projeto inclui totalmente a família, segundo Ana “Não é só para as crianças, os pais também vão participar. Vamos fazer um piquenique em um parque com os pais”. Durante a exposição dos trabalhos realizados pelos alunos, a escola também expõe fotos da realização de todas as atividades dos estudantes.

A professora conta que “Já trabalhamos a África, a Amazônia, fizemos feira de ciências. Para o maternal e o infantil, as professoras fizeram sobre o fundo do mar. Ano passado tivemos uma feira cultural, falamos da Amazônia”, esse tipo de projeto faz parte da metodologia da escola, e que todos os anos são realizadas atividades durante meses, para que os alunos realmente aprendam.


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