Atraso na fala da criança: veja sinais e como estimular

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Atualizado em 15/09/2025.

Em resumo:

  1. Observar sinais precoces ajuda a identificar atrasos na fala.

  2. Nem todo atraso indica autismo; causas variam entre estímulo, audição e fatores neurológicos.

  3. Estimulação adequada e acompanhamento profissional fazem diferença no desenvolvimento da criança.

O atraso na fala é uma preocupação comum entre os pais e responsáveis. Afinal, ver o filho dar os primeiros passos na linguagem verbal é um marco emocionante. Mas, quando as palavras demoram a aparecer, surgem dúvidas sobre quando o atraso pode ser considerado normal e quando merece atenção. 

Desde muito cedo, ainda na gestação, o bebê já começa a ter contato com os sons e vozes. Após o nascimento, o desenvolvimento da comunicação avança com gestos, sorrisos e barulhinhos — até chegar às primeiras palavrinhas, geralmente por volta de 1 ano de idade.

No entanto, nem todas as crianças seguem o mesmo ritmo. Em alguns casos, a fala pode demorar mais a se desenvolver, o que levanta a necessidade de uma atenção especial. 

Neste artigo, você vai entender o que é atraso na fala, quais são as possíveis causas, quando buscar ajuda profissional e como estimular esse processo em casa.

Confira os tópicos que vamos abordar:

  • O que é atraso na fala?

  • O que causa atraso na fala?

  • Quais transtornos causam atraso na fala?

  • Quando o atraso na fala não é autismo?

  • Como destravar a fala da criança? 

  • Quando buscar ajuda profissional?


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menino tapando a boca com as mãos

O que é o atraso na fala?

O atraso na fala acontece quando a criança não desenvolve a linguagem verbal dentro do período esperado para sua idade. Isso não significa, necessariamente, que exista um problema grave — em muitos casos, pode estar relacionado apenas ao ritmo individual de cada criança.

De forma geral, considera-se atraso quando a criança:

  • Demora mais do que o esperado para começar a falar suas primeiras palavras;

  • Apresenta vocabulário muito limitado em comparação com outras crianças da mesma idade;

  • Tem dificuldade para formar frases simples, mesmo após os 2 anos;

  • Não consegue se comunicar de forma clara, a ponto de os pais ou cuidadores não entenderem o que ela quer dizer.

É importante destacar que a fala faz parte do processo de comunicação, que envolve também gestos, expressões faciais e compreensão. 

Ou seja, uma criança pode não falar muito, mas se expressar de outras formas. O alerta vem quando a dificuldade de se comunicar começa a interferir no convívio social, no aprendizado e no dia a dia da família.

O que causa atraso na fala? 

O desenvolvimento da fala pode variar bastante entre as crianças. Enquanto algumas começam a falar cedo, outras demoram um pouco mais — e isso pode ser normal. 

Porém, quando o atraso foge muito do esperado para a idade, pode estar ligado a diferentes fatores, como:

  1. Questões auditivas – dificuldades para ouvir sons ou palavras podem prejudicar a forma como a criança aprende a falar.

  2. Pouca estimulação verbal – conversar, cantar, contar histórias e brincar são essenciais para ampliar o vocabulário.

  3. Exposição excessiva a telas – quando substitui a interação social, o uso de celulares, tablets e TV pode atrasar o desenvolvimento da linguagem.

  4. Fatores individuais – cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, mas atrasos persistentes precisam ser observados com atenção.

Em que idade é considerado atraso na fala?

Como vimos, é comum que os pais tenham dúvidas sobre quando o desenvolvimento da fala da criança deixa de ser apenas uma variação natural e passa a ser considerado atraso.

Para identificar essa diferença é preciso estar atento e acompanhar o desenvolvimento da linguagem do seu pequeno, tentando identificar sinais de atenção.

Para facilitar a compreensão, segue uma tabela com a faixa etária e o que se espera do desenvolvimento da fala em cada uma delas:

Faixa etária

Desenvolvimento esperado da linguagem

0 – 3 meses

Presta atenção aos sons, se acalma com a voz do cuidador, emite alguns ruídos.

3 – 6 meses

Emite sons como se estivesse conversando, imita alguns sons que ouve.

6 – 12 meses

Entende “não”, tchau e outras palavras comuns, começa a falar palavras ou sílabas simples.

12 – 18 meses

Identifica partes do corpo, aponta o que quer, pode combinar palavras simples.

18 – 24 meses

Combina palavras, fala em torno de 20 palavras diferentes.

2 – 3 anos

Fala frases de 2 a 3 palavras, responde “sim” e “não”, pode ter fala ainda não totalmente compreensível.

Até 4 anos

Pode ter dificuldade como “R” e encontros consonantais como “LH”, mas fala frases e relatos, inventa histórias.

Se uma criança não apresenta esses marcos dentro do esperado para a idade, pode ser um sinal de atraso na fala, e é importante buscar orientação de profissionais especializados, como fonoaudiólogos e pediatras.

Além disso, é essencial observar outros sinais, como dificuldade de compreensão, pouca interação verbal, ou resistência em se comunicar, pois eles também podem indicar a necessidade de acompanhamento.

Quais transtornos causam atraso na fala?

O atraso na fala também pode estar relacionado a diferentes condições de saúde ou transtornos do desenvolvimento. Por isso, identificar a causa é essencial para que a criança receba o acompanhamento adequado e tenha melhores resultados na evolução da linguagem.

fono auxiliando crianças com atraso na fala

Entre os transtornos que podem estar associados ao atraso na fala, estão:

1. Distúrbios específicos de linguagem (DEL)

Quando a criança tem dificuldade para compreender ou organizar a linguagem sem que haja outro comprometimento associado.

2. Deficiência auditiva

Perdas auditivas leves ou mais graves podem comprometer a compreensão dos sons e, consequentemente, a fala.

3. Alterações neurológicas

Algumas condições neurológicas como paralisia cerebral, lesões ou malformações cerebrais congênitas podem afetar o desenvolvimento da comunicação.

4. Deficiência intelectual

Pode impactar tanto o aprendizado da fala quanto a compreensão da linguagem.

5. Transtorno do espectro autista (TEA)

Crianças autistas podem apresentar dificuldades de comunicação verbal e não verbal, além de atrasos na fala.

6. Apraxia da fala na infância

Transtorno motor que dificulta a coordenação dos movimentos necessários para articular as palavras.

Vale lembrar que nem sempre o atraso na fala indica um transtorno. Em muitos casos, estímulos adequados e paciência já fazem diferença. Porém, se a dificuldade persistir, a avaliação de um fonoaudiólogo ou pediatra é o caminho mais seguro.

Quando o atraso na fala não é autismo?

Muitas vezes, os pais se preocupam ao perceber que a criança demora a falar e logo associam o atraso na fala ao autismo. No entanto, é importante entender que nem todo atraso indica um transtorno do espectro autista. 

Algumas crianças podem apresentar atraso isolado na fala e, mesmo assim, manter um desenvolvimento social e cognitivo adequado.

A seguir, veja algumas diferenças que ajudam a entender quando o atraso na fala não está relacionado ao autismo:

Aspecto

Atraso na fala isolado

Possível sinal de autismo

Interação social

Mantém contato visual, sorri e brinca normalmente.

Dificuldade em manter contato visual, pouco interesse social.

Compreensão da linguagem

Entende instruções e se comunica por gestos ou sinais.

Pode ter dificuldade em compreender instruções ou reagir de forma limitada.

Vocalizações e sons

Explora sons, tenta imitar palavras.

Vocalizações repetitivas, padrões de fala limitados ou incomuns.

Resposta a estímulos

Evolui com estímulos e brincadeiras.

Pode reagir pouco a estímulos ou de forma atípica.

Aprendizado da fala

Melhora gradualmente com estímulos e orientação.

Evolução mais lenta, mesmo com estímulos consistentes.

Como você pode ver, nem sempre o atraso na fala indica autismo. Muitas crianças apenas precisam de mais tempo, paciência e estímulos adequados para desenvolver a fala de forma natural.

Como destravar a fala da criança? 

Estimular a fala da criança é um processo gradual, e algumas estratégias simples podem fazer grande diferença no desenvolvimento da linguagem. 


Confira cinco dicas práticas para ajudar crianças com atraso na fala:

1. Converse bastante com a criança

Fale sobre o que está fazendo, nomeie objetos e pessoas, conte pequenas histórias e faça perguntas simples. Quanto mais a criança ouvir palavras e frases completas, mais chances terá de reproduzir sons e aprender novas palavras.

2. Incentive a imitação de sons e palavras

Brincar de imitar sons de animais, instrumentos musicais ou palavras simples fortalece a coordenação oral e aumenta a confiança na comunicação.

3. Explore leituras e contação de histórias

Ler livros infantis ou contar histórias amplia o vocabulário, desenvolve a compreensão e estimula a repetição de palavras e frases.

mãe lendo história para seu bebê

4. Use músicas e cantigas

Cantar ajuda a memorizar sons, desenvolver ritmo e melhorar a articulação das palavras, tornando o aprendizado divertido.

5. Dê espaço para a criança se expressar

Evite completar as palavras ou frases da criança. Dê tempo para que ela tente se comunicar sozinha, reforçando positivamente seus esforços.

Quando buscar ajuda profissional?

É importante observar o desenvolvimento da fala da criança e procurar ajuda especializada sempre que surgirem sinais de atraso que preocupem os pais. Um fonoaudiólogo é o profissional indicado para avaliar de forma completa o desenvolvimento da linguagem infantil.

Durante a avaliação, o especialista investigará se existe realmente um atraso na fala ou se os comportamentos estão dentro da normalidade do desenvolvimento. Com base nesse diagnóstico, ele poderá indicar a intervenção mais adequada.

E então, gostou desse conteúdo? Compartilhe com outros pais e educadores que queiram saber mais detalhes sobre atraso na fala. Aproveite para acompanhar outros artigos do nosso blog.

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