A importância do empreendedorismo na infância

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O dicionário Michaelis define a palavra empreendedor como “Que se lança à realização de coisas difíceis ou fora do comum; ativo, arrojado, dinâmico”. Ser um empreendedor está muito além de montar um negócio ou se tornar um empresário. 


João Kepler, em seu livro “Educando Filhos Para Empreender” (2012), declara que “Empreender não se limita a realizações de ações profissionais, mas um verdadeiro empreendedor é ousado, consciente, curioso, disposto e convicto do seu papel na sociedade”. 


Introduzir o empreendedorismo na infância não se trata de incentivar crianças a abrirem uma empresa, e sim, fazer com que elas possuam espírito empreendedor em qualquer área do conhecimento, ou seja,  que desenvolvam habilidades e competências úteis em diversos contextos. 


Seja em casa ou na escola, estimular as crianças a desenvolverem o empreendedorismo possui uma série de vantagens, uma vez que ajuda a construir indivíduos com senso de liderança, trabalho em equipe e a capacidade de desenvolver soluções criativas para problemas. Além disso, também é possível trabalhar a autoconfiança, o otimismo, a persistência e fazer com que o pequeno desenvolva melhor a sua habilidade de comunicação. 


A escola acompanha e contribui para o desenvolvimento do indivíduo, e por isso é um excelente ambiente para trabalhar o empreendedorismo. Mesmo que não haja uma disciplina específica, ele pode ser trabalhado em sala de aula - ou fora dela - de diversas maneiras, por meio das matérias que já fazem parte da base curricular do colégio. Isso pode acontecer através de diálogos, dinâmicas, feiras, eventos e outras atividades que estimulam a criatividade e despertam nos alunos o espírito empreendedor.


Para os pais, existem várias maneiras de incentivar e inserir o empreendedorismo na criança. Em seu livro, Kepler pontua alguns fatores para que tenham sucesso nessa tarefa, como estimular o filho a resolver seus problemas, mesmo os mais simples; traçar metas com a criança e ajudá-la a passar fase por fase até atingir o objetivo e, além disso, ensiná-lo a assumir responsabilidades. “Se seu filho - ainda - não apresenta tais características, não se preocupe. A boa notícia é que assim como quase tudo na vida, com boa orientação e direcionamento ele pode se tornar um autêntico empreendedor. Aliás, é justamente este o papel dos pais: indicar os melhores caminhos e dar condições reais para que os filhos façam suas próprias escolhas” concluiu o autor.